Sobre (Velhos) Nomes




Não costumo te dar nome.
Dar nome é te dar força. Munição. Assunto.
E nada disso quero de você.
Pra quê te dar força se não é contra o meu corpo?
Pra quê munição se as balas disparadas vem contra o meu peito?
Pra quê assunto se não resultam num bem estar entre nós dois?
Um "eu tô pronto, vamos?"
São vazios de alma que perambula.
Alma que não tem casa, dono ou moradia.
Prefiro os percalços enfadonhos da vida a falar de você.
Prefiro olhar a agua ferver.
O leite subir.
As folhas caírem.
O ponteiro travar e destravar.
Prefiro qualquer coisa a te dar nome.



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